Tirei o gesso! E agora?

Meu nome é Marcelo Damado, sou médico, e nesse post vou explicar de forma clara e objetiva o que acontece depois que você tira a imobilização (gesso ou tala) após uma fratura, algumas dicas práticas do que fazer, o cuidados que você deve tomar, quando você vai poder voltar a usar o membro normalmente e a importância da fisioterapia nesse momento do tratamento.

EM RESUMO: A fisioterapia é etapa obrigatória e essencial para esse momento. Quando você retirar o gesso, seu membro pode ter ficado com um aspecto diferente e você pode não movimenta-lo da mesma forma que antes. Isso é normal após tirar o gesso. Não tente forçar e seja cuidadoso. E a fisioterapia é uma das partes mais importantes par recuperar a função do membro imobilizado.

 

Com o gesso

O período que você fica com o gesso é somente uma parte de todo o tratamento. O gesso mantém o osso no lugar para que a cicatrização acontece em uma posição adequada.

Uma vez que a fratura está cicatrizando e já está formando o calo ósseo, já é possível retirar o gesso. Esse tempo varia de acordo com o paciente e o tipo de fratura. No geral, costuma variar de 6 a 8 semanas.

 

Tirei o Gesso – ”O aspecto está diferente…”

Com a  retirada da imobilização você percebe que a parte que estava sem movimento está com a pele seca, mais fina, mais fraca e com dificuldade de movimentar. Tudo isso acontece porque ao ficar sem movimento, acontece uma atrofia da musculatura, que é a perda da massa muscular. O osso do membro também fica mais fraco e a articulação mais rígida. Essa rigidez na articulação é muito comum no tratamento com gesso e uma das principais complicações. Isso faz com que o paciente não consiga dobrar as articulações imobilizadas.

A recuperação do movimento pode ser longa, demorada e dolorosa. Mas deve contar com a sua participação ativa para a realização de exercícios em casa para o alongamento e a recuperação gradual desse movimento.

Tirei o gesso – ”Como melhorar esses aspectos?”

Para melhorar todos esses aspectos e você poder voltar a ser como era antes da fratura, você precisa realizar a fisioterapia.

Essa é uma das partes mais importantes do tratamento. Pode durar mais de 3 meses dependendo do paciente, da frequência, da qualidade, do tempo de imobilização e do tipo de fratura.

As consulta médicas vão ficando menos frequentes, com consultas mensais, trimestrais ou até semestrais e o fisioterapeuta cada vez mais frequente.

O ideal é que você faça de 3 a 5 vezes na semana a fisioterapia no início. Se não for possível ir com muita frequente, é importante que o profissional te passe exercícios para realizar em casa mesmo.

Tirei o Gesso – Fisioterapia

A fisioterapia tem como objetivo recuperar primeiramente o movimento da articulação e diminuição da rigidez.

Depois de recuperar o movimento completo, que leva entre 1 e 2 meses, é importante recuperar a força muscular para, finalmente, poder recuperar a função, como andar no caso de fraturas dos membros inferiores, ou a utilização das mãos ou do braço em fraturas dos membros superiores.

A recuperação da função total do membro pode levar de 3 a 6 meses dependendo de cada fratura e do paciente.

Tirei o Gesso e fiz fisioterapia: Atenção!

Um cuidado que você deve tomar é após 2 meses sem o gesso e com fisioterapia. Nesse período a movimentação do membro já está boa, mas o osso e os músculos ainda estão fracos. Deve-se evitar a prática de esportes de contato e atividades que tenham risco de nova queda e uma nova fratura.

Sem reabilitação e fisioterapia adequada, muitas pessoas acabam ficando com sequelas e limitações. Eu diria que essa é a parte mais importante do tratamento das fraturas.

A FISIOTERAPIA É ESSENCIAL

Não importa se foi feito uma cirurgia ou gesso, todos pacientes ortopédicos precisam de uma boa fisioterapia, que muitas vezes é deixada de lado pelo paciente. Não caia nesse erro. 

A fisioterapia muitas vezes é um processo demorado, doloroso e que demanda dedicação do paciente. Ela não se restringe somente às sessões presenciais, mas também em casa, onde o paciente deve realizar exercícios que são passados pelo fisioterapeuta.

Outro motivo do paciente não fazer a fisioterapia é que infelizmente ele não consegue acessar pelo sistema único de saúde, ou quando consegue o número de sessões pode ser insuficiente para o necessidade do paciente. Nesse caso, explique ao seu fisioterapeuta, e peça que ele te passe exercícios para realizar em casa para complementar o tratamento.

 O progresso da fisioterapia acontece forma silenciosa e discreta, mas como eu já disse é essencial. Se você conhece alguém que se fraturou, reforce com essa pessoa a importância de seguir as recomendações acerca da fisioterapia! 

Independente do motivo, se você quebrou alguma parte do corpo e retirou o gesso, saiba que a reabilitação e a fisioterapia são partes obrigatórias para um retorno adequado as funções antes da fratura. Portanto, a mensagem final desse vídeo é: Se você quebrou, saiba que a fisioterapia é uma das partes mais importante e etapa obrigatória após a cirurgia ou o gesso.

Pelo artigo de hoje é isso. Nesse post eu expliquei o que você deve fazer quando pensar: ”Tirei o gesso, agora?”

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Ficou alguma dúvida sobre ”Tirei o gesso, e agora?” Deixe um comentário que eu te respondo.

Um abraço e até a próxima.

marcelo damado medico
Dr Marcelo Damado – Médico – CRM SP 186691

Dr. Marcelo Damado – CRM SP 186691

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