Riscos da Cirurgia de Ortopedia

Meu nome é Marcelo Damado, sou médico, e nesse post vou explicar de forma clara e objetiva os principais riscos da cirurgia de ortopedia.

Nesse post eu vou te explicar quais são os tipos de cirurgias indicadas, os riscos da anestesia, falar um pouco sobre a prevenção de complicações antes da cirurgia e, finalmente, os riscos da cirurgia durante e pós operatório.

EM RESUMO: As complicações da cirurgia de uma maneira geral podem ser:

  • Complicações anestésicas
  • Complicações por falta de planejamento
  • Perda sanguínea e necessidade de transfusão de sangue
  • Infecções
  • Falha do material ortopédico
  • Material ortopédico doloroso
  • Lesões Vasculares e Neurológicas (lesão de vasos e nervos) durante a cirurgia;
  • Não união óssea

É importante você saber que todo procedimento na medicina tem riscos. E a cirurgia de ortopedia não é uma exceção. Portanto, o seu médico indica a cirurgia quando o benefício dela supera o seu risco para melhorar o estado do paciente.

Cirurgia de Urgência / Emergência x Cirurgia Eletiva – Ortopedia

A cirurgia é indicada de duas maneiras, em regime de urgência e emergência ou de forma eletiva.

As cirurgias de urgência e emergência são indicadas quando a condição do paciente precisa ser resolvida o mais breve possível, pois isso pode matar o paciente ou causar sequelas irreversíveis.

Na ortopedia temos como exemplo algumas fraturas da bacia, fraturas expostas, fraturas com lesões das artérias, fraturas luxações que não conseguimos colocar no lugar sem abrir, entre outras situações. Essas cirurgias, por não serem programadas e pelo fato de o paciente não ter o preparo operatório com muito tempo, guardam um risco maior que as cirurgias programadas.

Por outro lado, cirurgias eletivas são cirurgias que podem ser programadas, com isso, o paciente é preparado para a cirurgia e isso pode diminuir o risco. Entretanto, o risco ainda existe, principalmente em cirurgias de grande porte. Como exemplo de algumas cirurgias eletivas temos as artroplastias (que são as colocações de próteses), a descompressão do nervo mediano na síndrome do túnel do carpo, a cirurgia de correcção de deformidades, entre outros.

Agora que você já sabe a diferença entre cirurgia de urgência e cirurgia eletiva, vou te explicar sobre os riscos gerais de todas as cirurgias de uma maneira abrangente.

Riscos gerais de toda Cirurgia

Para operar um paciente, a equipe médica deve revisar o diagnóstico e verificar se a indicação da cirurgia é precisa e se o médico e o paciente estão cientes de todos os riscos, das vantagens e desvantagens da cirurgia e desejam realizar o procedimento. A cirurgia normalmente é indicada quando irá melhorar a situação e o problema do paciente e os benefícios superam os riscos.

Complicações anestésicas

O paciente também deve passar por uma avaliação pré-anestésica, com exames específicos e avaliado pelo anestesista que avalia o risco do procedimento e da anestesia durante a cirurgia, podendo liberar o paciente para a cirurgia ou então contra-indicar o procedimento devido ao risco de complicações anestésicas. Essas complicações podem ser desde reações alérgicas aos anestésicos até uma agravamento de alguma doença já existente durante o procedimento. Um exemplo é um paciente com uma doença do coração que pode ter um infarto durante ou após a cirurgia ou o que pode ocasionar a sua morte.

Complicações por falta de planejamento

Antes da cirurgia o seu médico deverá checar o material da cirurgia, se os exames de imagem e o rx intra-operatório para estão disponíveis, se a equipe cirúrgica está completa e se o local da cirurgia é o correto e está marcado no corpo do paciente. Além disso, deve checar se haverá perda sangüínea prevista e se há reserva de sangue para transfusão se necessário. Tudo isso visando não faltar nada durante a cirurgia.

Perda sanguínea

Um dos principais riscos de longas cirurgias é a perda sangüínea, que chamamos de hemorragia. Quando o paciente sangra demais, pode ser necessário repor o sangue através de transfusões durante ou após a cirurgia. Para isso as reservas de sangue são feitas previamente levando em consideração o tipo de sangue do paciente.

Lesões Vasculares e Neurológicas

Além disso, outro risco é que, durante o procedimento, o cirurgião pode lesionar algum vaso ou nervo dependendo da região a ser operada. No caso de vasos, pode trazer um maior risco de sangramento. Em caso de lesões nos nervos, pode acontecer desde perda temporária da função do nervo até perda permanente. Isso vai depender da região operada e se é a primeira ou segunda vez em que se opera. Normalmente, reabordagens cirúrgicas são mais difíceis e a chance de lesão dessas estruturas é muito maior.

Infecções

Uma outra complicação temida na cirurgia é a infecção, que pode aparecer no pós-operatório imediato ou tardio. Ela é de difícil tratamento. Submete o paciente a diversos procedimentos cirúrgicos para lavar a área infectada e tentar melhorar a situação. O paciente pode sentir dor, vermelhidão e calor no local da cirurgia, além de sair secreção pela ferida.

Para prevenir essa complicação, um antibiótico pode ser administrado antes da cirurgia, o tempo de cirurgia deve ser diminuído ao mínimo possível e a circulação de pessoas na sala de operação também deve ser controlada.

Além disso, o material deve ser esterilizado adequadamente e exposto o mínimo possível à manipulação.

Falha do material ortopédico

Como na ortopedia, a maioria das cirurgias envolve a utilização de materiais, por exemplo: placas, parafusos, hastes. Isso contribui para a dificuldade do tratamento da infecção, uma vez que as bactérias podem ficar alojadas nesses materiais e os antibióticos tem um efeito limitado. Por isso, as cirurgias para lavagem são importantes, e pode até ser necessário a troca ou remoção definitiva do material.

Material ortopédico doloroso

Também pode acontecer a falha do material após a cirurgia, que é quando ele quebra. Existem diversas causas para isso. O material também pode ficar saliente na pele dependendo da região da cirurgia. O que pode incomodar o paciente e causar dor, por isso pode ser necessária uma nova cirurgia para remoção do mesmo.

Não união óssea

Às vezes também pode acontecer a NÃO cicatrização do osso, o que chamamos de não união ou pseudoartrose. Com isso o paciente pode precisar de mais procedimentos, como por exemplo troca do material, colocação de enxerto ósseo, utilização de biovidro, cirurgia com fixador externo ilizarov, alongamento ósseo, entre outros.

Pelo artigo de hoje é isso. Nesse post eu expliquei 8 Riscos que envolvem a Cirurgia de Ortopedia.

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Um abraço e até a próxima.

marcelo damado medico
Dr Marcelo Damado – Médico – CRM SP 186691

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