GESSO NA PERNA: POR QUANTO TEMPO DEVO FICAR?
POR QUANTO TEMPO DEVO FICAR COM GESSO NA PERNA?
Meu nome é Marcelo D’amado, sou ortopedista, e nesse post vou explicar de forma clara e objetiva sobre quanto tempo o gesso na perna deve ser mantido e alguns cuidados a serem tomados enquanto estiver com a perna imobilizada.
EM RESUMO: O tempo de imobilização com o gesso na perna vai depender do tipo de lesão que você foi acometido, que também influenciara se você poderá pisar ou não. Por isso, para evitar complicações, siga as orientações do seu médico.
Esse artigo te explica ainda:
- Quanto tempo você deve ficar com cada imobilização?
- Quais são os tipos de imobilização no membro inferior?
- Posso pisar com a imobilização?
- Pode ocorrer alguma complicação? se sim, como posso prevenir?
Quanto tempo você deve ficar com cada imobilização?
A resposta é depende da lesão que você teve. Por isso, para tentar sanar a sua dúvida, vou dar exemplos de algumas fraturas e o tempo médio que é preciso ficar com a imobilização em cada caso:
Fratura de tíbia → 8 a 12 semanas;
Fratura do metacarpo → 6 a 8 semanas;
Fratura do calcâneo → 8 a 12 semanas;
Entorse do Tornozelo → 3 dias até 3 semanas;
Luxação da Patela → 3 semanas;
Entorse do Joelho → 3 a 6 semanas;
Agora uma coisa muito importante. Esse tempo não é igual para todas as pessoas, e por isso deve ser acompanhado pelo seu médico e lembre-se se seguir todas as orientações dele.
Quais são os tipos de imobilização no membro inferior?
Antes de tudo, independente se é uma tala, gesso ou órtese, a imobilização pode ter um tamanho diferente e imobilizar uma ou duas articulações dependendo do tipo da lesão. Por exemplo, elas podem imobilizar somente o joelho, ou o joelho e o tornozelo. Sendo assim, existem 3 principais tipos de imobilização que são:
- Inguinomaleolar = vai da virilha até o tornozelo e por isso é utilizada normalmente em entorses do joelho e luxações de patela. Sendo assim, normalmente o paciente pode pisar e apoiar o peso do corpo. Nesse caso o período de imobilização costuma ser entre 3 e 6 semanas.
- Inguinopodálica = vai da virilha até a ponta dos dedos do pé e por isso é utilizada para o tratamento de fraturas da tíbia, fêmur distal, e joelho. Nesses casos, a imobilização pode ser de 6 a 12 semanas, dependendo da cicatrização da fratura.
- Suropodálica = vai do início da perna até a ponta dos dedos e permite que você possa dobrar o joelho. Por isso pode ser usada para o tratamento de fraturas do tornozelo, ossos do pé, entorses do tornozelo, ruptura do tendão calcâneo, entre outros. Contudo, o tempo de imobilização pode variar de 3 dias para entorses e até 12 semanas para algumas fraturas.
Como você pode perceber, existem vários tipos de tratamento para uma determinada lesão. Caso você seja diagnosticado com algum problema ortopédico e tenha dúvida em relação ao melhor tratamento para o seu caso, saiba que existem empresas especializadas em emitir segunda opinião médica de forma técnica e imparcial.
Posso pisar com a imobilização?
A resposta é depende, pois vai de acordo com o tipo de lesão que você teve. Porém, sempre melhor prevenir e cuidar, seguindo as orientações do seu médico. Então, caso seu médico não tenha dito nada para você e colocou a imobilização, não pode pisar. Portanto, se tiver alguma dúvida, entre em contato com ele e pergunte.
Normalmente a imobilização é feita para o paciente não pisar. Entretanto, quando se permite pisar com ela, é realizado um reforço embaixo ou é colocado uma imobilização especial e então você será avisado pelo seu médico que poderá pisar.
No geral, as fraturas são mantidas sem pisar por 6 a 8 semanas, mas pode durar um pouco mais. Portanto, após esse período, a imobilização é trocada por uma que permite que você comece a pisar, como por exemplo um robofoot ou um gesso ptb, que é um gesso especial para permitir que o paciente com fratura de tíbia possa pisar.
Pode ocorrer alguma complicação com o gesso na perna? se sim, como posso prevenir?
Toda vez que se imobiliza a perna, é importante que você saiba que existe o risco de trombose venosa e embolia pulmonar, causado pelo sangue que fica parado na perna. Esse sangue acaba coagulando e formando trombos que podem migrar para outros lugares do corpo, dentre eles o pulmão e assim causar a embolia pulmonar, que pode matar. No entanto, para prevenir esse problema, é necessário ficar o menor tempo possível com a imobilização e tomar alguns remédios para a prevenção dessa complicação, que serão orientados pelo seu médico.
Portanto, fique atendo, pois se você fuma, toma anticoncepcionais, têm doenças crônicas, fez cirurgia para o tratamento de fratura ou tem câncer, você corre o risco maior de ter uma trombose enquanto a sua perna fica imobilizada. Sendo assim, para prevenir a trombose venosa e suas complicações, existe a possibilidade de tomar um remédio chamado de anticoagulante durante o período que você fica com a imobilização. Esses remédios “afinam” o sangue e diminuem a chance de fazer uma trombose.
Como agendar uma consulta com doutor Marcelo D’Amado?
Para agendamentos e mais informações, então clique aqui.
Outros posts que podem te ajudar
QUANTO TEMPO DEMORA PARA O OSSO COLAR?
Gesso – Vantagens e Desvantagens
O que fazer se MOLHAR ou QUEBRAR o GESSO?
Radiografia: Exame de RAIO-X
Se desejar ver o conteúdo deste artigo em vídeo, clique aqui e conheça nosso canal no Youtube: Canal das Fraturas
Ficou alguma dúvida sobre Quanto Tempo o Gesso na Perna deve ser Mantido? Então deixe um comentário que eu te respondo.
Um abraço e até a próxima.
Dr. Marcelo Damado – CRM SP 186691 – PR 44617