ELETRONEUROMIOGRAFIA: O QUE É?
O QUE É A ELETRONEUROMIOGRAFIA E SEU USO NA ORTOPEDIA? ELETRONEUROMIOGRAFIA (ENMG).
Meu nome é Marcelo D`Amado, sou ortopedista, e nesse post vou explicar de forma clara e objetiva sobre um exame utilizado para poder ver a função dos nervos do corpo que é a eletroneuromiografia.
EM RESUMO: A eletroneuromiografia serve para analisar a função dos nervos e sua inervação para os músculos e pele do paciente. Ela ajuda o ortopedista a avaliar lesões nos nervos ou na fibra dos músculos.
Esse artigo te explica ainda:
- Para que o exame serve e quais são as suas indicações dentro da ortopedia?
- Como o exame funciona?
- O que se pode ver no exame?
- Quais são os riscos e complicações?
Para que serve a eletroneuromiografia e quais são as suas indicações?
O nome eletroneuromiografia se auto justifica:
- Eletro, significa que utiliza uma corrente elétrica.
- Neuro, que avalia os nervos.
- Mio tem relação com o músculo e a sua função.
- “Grafia” significa que transforma tudo em um gráfico, em uma linha, na qual podemos interpretar o exame.
A eletroneuromiografia serve para analisar a função dos nervos e sua inervação para os músculos e pele do paciente. Dessa forma, ela ajuda o ortopedista a avaliar lesões nos nervos, doenças musculares e na fibra dos músculos.
Alguns exemplos de doenças musculares que podem ser diagnosticados com a eletroneuromiografia, como por exemplo são as distrofias musculares e a miastenia gravis.
Esse exame é indicado para o diagnosticar e avaliar a evolução de doenças que acontecem nos nervos do corpo, que podem ser:
- Compressões, que é quando o nervo é esmagado por alguma estrutura do corpo.
- Doenças que atacam os nervos como por exemplo a diabetes e hanseníase.
- Por último, é indicado para lesões nervosas como cortes e estiramentos em acidentes ou lesões esportivas.
Como funciona o exame de eletroneuromiografia?
O corpo humano funciona a partir do sistema nervoso que é composto pelo cérebro, pela a medula espinhal e pelo os nervos que saem da medula e da coluna para inervar os órgãos e os músculos. Assim, Imagine que o cérebro comanda e os nervos são fios elétricos que mandam o comando para um determinado órgão ou músculo, tendo uma função realizada, que no caso do músculo é a contração muscular. Contudo, também é importante destacar aqui que esse sistema pode funcionar de maneira inversa, sendo assim, responsável pelas nossas sensações como tato, dor, temperatura e pressão que sentimos, dessa forma os nervos levam essa informação de volta para o cérebro.
Em resumo, o exame de eletroneuromiografia avalia exatamente esse sistema de condução dos nervos, que seriam os fios do corpo humano e avaliam se o fio está funcionando bem, como está a condução elétrica dele.
O exame se inicia primeiramente, com a neurografia, que consiste na introdução de eletrodos na pele do paciente por onde passa uma corrente elétrica e avalia o sistema de condução do nervo (tanto a parte motora de movimento quanto a sensitiva).
Após esse teste, se realiza a miografia, na qual são introduzidas agulhas nos grupos musculares, e assim a corrente elétrica é passada por esses eletrodos avaliando a resposta muscular.
Então, todas essas respostas são colocadas em um gráfico, formando uma linha, como se fosse um eletrocardiograma. Isso para que permita o médico interpretar esse exame.
O que se pode ver no exame de eletroneuromiografia?
A eletroneuromiografia auxilia:
- A confirmação do diagnóstico de uma lesão completa do nervo, assim como um corte ou um puxão em algum acidente na qual a sua função é prejudicada parcial ou completamente.
- O acompanhamento de recuperação de uma lesão no nervo após a cirurgia
- Acompanhamento após um acidente para ver se existe realmente a necessidade de realização de cirurgia para o seu tratamento ou se o nervo está cicatrizando;
- Fazer o diagnóstico entre uma lesão de nervo ou lesão no músculo, como uma distrofia muscular.
- Ela também pode confirmar o diagnóstico de compressões nervosas como a síndrome do túnel do carpo ou a síndrome do túnel cubital.
- Auxilia no acompanhamento de lesões do plexo braquial (estrutura que inerva o membro superior como braço e mãos).
Vale ressaltar que todo exame de imagem é complementar ao exame clínico do médico, sendo ele composto por uma história e um exame físico. Sendo assim, nenhum exame pode substituir uma consulta médica.
Caso você tem dúvida em relação ao melhor tratamento para o seu caso, procurar uma segunda opinião é muito comum e até, inclusive, recomendado. Além disso, existem empresas especializadas para a emissão de uma segunda opinião sem conflito de interesses.
Quais são os riscos e complicações do exame de eletroneuromiografia?
O exame funciona como uma corrente elétrica passando pelo corpo do paciente, isto é, o médico dá um choque no paciente. Porém, não se preocupe, esse choque não dói, apenas causa um pequeno incômodo.
O que mais incomoda no exame são as agulhas que são postas nos músculos que doem um pouco para colocar, mas são finas e descartáveis e não são motivos para preocupação.
No entanto, existem contraindicações para a Eletroneuromiografia. Em pacientes que apresentam as condições abaixo não podem fazer esse exame. Essas condições são:
- Uso de marca-passo;
- Infecção na pele
- Lesão na pele
- Problemas de coagulação ou que estão fazendo uso de anticoagulantes;
- Cateter dentro do coração.
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Ficou alguma dúvida sobre O que é o Exame de Eletroneuromiografia, também chamado de ENMG? Então deixe um comentário para que ele seja esclarecido.
Um abraço e até a próxima.
Dr. Marcelo Damado – CRM SP 186691 ou PR 44617