FRATURA DO RÁDIO DISTAL – ETAPAS DE RECUPERAÇÃO APÓS FRATURA DO PUNHO.

SAIBA SOBRE AS ETAPAS DE RECUPERAÇÃO APÓS FRATURA DO PUNHO.

Meu nome é Marcelo D’amado, sou ortopedista, e nesse post vou explicar de forma clara e objetiva sobre as etapas de recuperação após fratura do punho.

EM RESUMO: A recuperação de uma fratura do rádio distal é focada no controle da dor, na movimentação do punho e na função da mão. Independente da forma que você tratou (cirurgia ou gesso), a recuperação pode ser dividida em três estágios: proteção, restauração do movimento e fortalecimento e retorno da função. Você quer saber mais sobre esse assunto? Leia o post até o final que vou retirar suas dúvidas.

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Esse artigo te explica sobre:

• Fase de Proteção
• Fase de Restauração de Movimento
• Terceira Fase

Fase de Proteção

Primeiramente, é realiza-se a fase de proteção, ou seja, assim que você ter sido diagnosticado com uma fratura, irá ser colocado um gesso ou uma órtese e você será encaminhado para um fisioterapeuta de mão, para receber as instruções para se fazer em casa. Estas instruções devem conter alguns exercícios de arco de movimento, controle de edema e controle de dor. É importante incluir a amplitude de movimento das articulações que não são envolvidas onde não quebrou, então isso significa que se houve fratura no punho, a mão ficará bem inchada após a cirurgia ou o uso do gesso.

Além disso, se deve manter os movimentos do ombro, cotovelo e dos dedos, inclusive mexendo-os, assim realizando o movimento dos dedos o edema no punho já irá melhorar. Esses movimentos iram doer um pouco, mas isso provavelmente não significa que irá prejudicar em relação a cirurgia. O arco de movimento dos dedos deve incluir os exercícios de deslizamento do tendão que são algumas posições que se deve fazer com a mão.

Por fim, é importante que haja uma orientação do ortopedista em relação ao inchaço que irá acontecer e com a dor, se é normal ou não a senti-la, e quando é necessário voltar ao médico. Esse manejo da dor e do edema devem incluir a elevação da mão e do punho acima do nível do coração. Assim deve-se evitar ficar com ele para baixo, mesmo quando estiver sentado ou deitado. Também se deve fazer o uso de compressas de gelo, as quais irão aliviar a dor e o inchaço. A realização da massagem retrograda ou faixa de compressão é mais específica, então é preferível que você deixe um profissional realizar isso.

Fase de Restauração do Movimento

Primordialmente, para a segunda fase, que é a restauração do movimento após o período de mobilização, onde temos a retirada do gesso ou após algumas semanas depois da cirurgia e já se retirou os pontos. Esse período já é liberado para movimentar e não necessariamente fazer o fortalecimento ou carregar peso. Ele começa quando se acaba o prazo da imobilização, ou seja, após a retirada da órtese, a qual já se permite o movimento completo dos dedos. A órtese pode ser usada inicialmente entre os exercícios, mas já pode retirá-la para realizar todos os exercícios e recuperar todos os movimentos do punho.

Ademais, o médico ou o fisioterapeuta devem continuar com os exercícios de amplitude de movimento que já estavam sendo realizados na outra fase, mas agora começa-se a fazer os movimentos de flexão ou extensão do punho, os desvios radial e ulnar e também a supinação e a pronação do antebraço. Deve-se atentar a extensão do punho e aos movimentos de supinação e pronação que forem mais difíceis de restaurar, pois talvez realmente sejam um pouco mais difíceis de se realizar.

Segunda Fase (Parte 2)

Ainda, a extensão ativa do pulso com a flexão dos dedos deve ser enfatizada, as vezes será difícil, mas será muito importante fazê-la. Já extensão sem auxílio dependerá da orientação profissional e da cirurgia. Estes exercícios devem ser concluídos pelo menos 10 vezes e quanto mais realizá-los melhor será, então deve-se repeti-los de três a quatro vezes por dia. É normal sentir um pouco de dor e dificuldade de fazer, mas conforme o tempo vai passando essa dor e vai diminuindo e os movimentos iram aumentando.

Por último, pode-se aplicar calor para ganhar o movimento, isso deixará o tecido mais mole e assim ficará mais fácil de ganhar o movimento e depois irá criar um processo inflamatório. É normal ficar inchado e pode-se fazer uma compressa de gelo por 20 minutos depois que fizer os movimentos. Além dos movimentos você pode também fazer o alongamento do punho, que podem ser realizados quando tem já a consolidação da fratura e quando o seu médico achar que é apropriado. Os alongamentos e os movimentos de punho podem ser mantidos de 30 a 60 segundos e quanto mais vezes fizer durante o dia é melhor. Se estiver com tempo três ou quatro vezes ao dia acredita-se que seja o suficiente.

Terceira Fase

Finalmente, a terceira fase, é a fase de fortalecimento e retorno da função. O fortalecimento pode-se começar quando a consolidação da fratura é considerada já consolidada, geralmente ele começa em torno de 6 a 8 semanas. Os exercícios iram progredir desde exercícios mais leves e exercícios isométricos para exercícios resistidos progressivos, exercícios de cadeia fechada e exercícios de sustentação de peso, com a carga aumentando gradualmente.

Além disso, independente do tratamento escolhido, deve-se fazer uma reabilitação e se realizar a fisioterapia após a cirurgia ou de tirar o gesso. Portanto, o ideal é que se movimento volte o mais rápido possível, as instruções de como e o que fazer durante os movimentos serão instruídas pelo seu médico.

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Ficou alguma dúvida Sobre As Etapas de Recuperação Após Fratura de Punho? Então deixe um comentário que eu te respondo.

Um abraço e até a próxima. 

Dr. Marcelo D’amado – CRM SP 186691 – PR 44617